Nenúfares

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Monet

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Do fio ao frio


Que fio é esse que nos enrosca e amarra,
Ora é alinhavo frouxo, ora um nó górdio?
Estica, estica tanto que, corda tesa, treme com medo de se romper.
Às vezes, rompe em prantos em gritos de raiva.
Outras, é berço e calmaria.
Fio que enlaça e vira ninho, âncora,
Corrente de metal precioso, capturado na bateia humana,
Linha eletrizada percorrendo neurônios e sonhos.

Teresa Magalhães

Um comentário:

  1. O meu Fio de Ariadne está perdido por aí. E o frio, ao menor sinal de aproximação dele, eu já estou me encolhendo, procurando me aquecer.
    Não sei se meus neurônios mornos entenderam o que você disse. Mas meu coração sentiu.
    É válido?

    Carinho.

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