Aos borbotões, ela parte para o arremate.
O olho multicor vigia as frestas.
Roupa de festa.
Engate do vestido,
Antes de desabrochar a flor do corpo.
É de ouro e madrepérola o sonho da menina.
A esparramada esfera em botão vai pontuar,
uma a uma,
cada vértebra intocada.
Os dedos da tecelã prenunciam o desejo do homem,
que percorrerá sôfrego a coluna ereta.
Em suas mãos, o tecido tremula.
O jorro antecipado.
A língua aflita.
Teresa Magalhães
Para mim, que estou acostumada com suas palavras em prosa, foi uma deliciosa surpresa vê-las na poesia. Com poesia nem é surpresa. Eu sempre as vejo assim.
ResponderExcluirE por isso mesmo, não importa a forma. Em prosa, poesia, bilhete, suas letras são muito bem-vindas aos meus olhos (e ouvidos).
Beijim.