Nenúfares

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Monet

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Primavera tardia













Primavera, de Salviano Santos


Ele chegou à minha vida bem depois, quando eu era mais substância, orvalho e sonho.
O tempo decantara muita coisa ruim, mas, ao rés- do- chão,
sobejou o pó, o rosário de perdas, que me assombrava o presente.
Era acostumado à flor do cerrado, ao perfume amarelo do pequi, ao mais belo pôr-do-sol.
Dava loas ao novo.
Nem o último, nem o primeiro dia.
Era a passagem respingada por fogos de artifício.

Teresa Magalhães

7 comentários:

  1. A tagarela não sabe o que dizer.
    Posso apenas puxar um banquinho, me sentar e contemplar?

    Beijo.

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  2. Criança,

    Banquinho? Então, 'senta que lá vem história!'

    ;-)

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  3. Confesso que sou tagarela aqui [aham...] e não tenho o que dizer também. Deixa eu sentar no teu colo, Vera, os banquinhos acabaram :(

    beijos, Teresa!

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  4. sem pressa, lambendo vou suas palavras com sabor do pirulito na mão de criança.

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  5. Vera, chega pra lá e me dá uma pontinha no banco pq quando ela escreve "lá vem história",é hora de nos deliciarmos com as palavras.

    LB

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  6. ah, como desejo amar assim!
    depois que me separei e me tornei uma solteira convicta, quem sabe tenho direito à passagem de fogos de artifício?
    por enquanto, cultivo a substância, o orvalho e o sonho e fujo dos assombros...

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